Mundos Meus
Ataco as palavras de forma tosca,
Pareço quase uma louca insensível.
Acabo por entender que no meio desta luz fosca,
Eu não passo de um ser invisível.
A minha invisibilidade leva-me a um novo mundo,
Mundo esse em que sou livre de sentimentos,
Em que não existe um poço sem fundo,
Em que os minutos são meros momentos.
Mas multiplicam-se os momentos,
acumulam-se as memórias...
No fim confunde-se ficção com sentimentos,
Baralham-se vidas e histórias.
É nas histórias que me perco,
Aí sou eu sem ser alguém.
Em todos os livros por que me cerco
Sou uma personagem e no fundo não sou ninguém.
Todos somos um ninguém.
Uns iludem-se como privilegiados,
Outros sabem que nunca são alguém,
E eu deixo os meus pensamentos serem influenciados.
Talvez as influências parem,
Talvez as essências se revelem...
Um dia pode ser que reparem,
Um dia pode ser que as bocas se selem.